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hacer notar, a esse respeito, que estes reflexos, na medida em que interessam a condutas que habrán de desempenhar um papel no desenvolvimento psíquico ulterior, não têm nada dessa pasividad mecánica que caberia lhes atribuir, mas sim manifestam desde o começo uma autêntica actividad, que prova precisamente a existência de uma assimilação sensorial-motriz precoce. Em primer lugar, os reflexos de sucção se afinam com o exercício: um recém-nascido mama melhor ao cabo de una ou duas semanas que ao princípio. Logo, conduzem a discriminações ou reconocimientos prácticos fáceis de descobrir. Finalmente e sobre tudo, dão lugar a uma espécie de generalización de sua atividade: o lactante não se contente chupando quando mama, a não ser que chupa também no vazio, chupa-se os dedos quando os encontra, depois, qualquer objeto que fortuitamente se o presente, e, finalmente, coordena o movimento dos braços com la succión até levar-se sistematicamente, às vezes desde o segundo mês, o polegar à boca. En una palavra, assimila uma parte de seu universo à sucção, até o ponto de que su comportamiento inicial poderia expressar-se dizendo que, para ele, o mundo é essencialmente una realidad suscetível de ser chupado. É certo que, rapidamente, esse mesmo universo haverá de convertirse em uma realidade suscetível de ser olhar, escutada e, quando os propios movimientos o permitam, sacudida. Mas estes diversos exercícios reflexos, que são como o anúncio da assimilação mental, habrán de complicar-se muito em breve ao integrar-se em hábitos e percepções organizadas, es decir, que constituem o ponto de partida de novas condutas, adquiridas com ajuda de la experiencia. A sucção sistemática do polegar pertence já a esse segundo estádio, da mesma forma que los gestos de voltar a cabeça em direção a um ruído, ou de seguir um objeto em movimento, etc. Do ponto de vista perceptivo, observa-se, desde que o menino começa a sonreír (quinta semana e mais), que reconhece a certas pessoas por oposição a outras, etc. (mas isto no por devemos lhe atribuir a noção de pessoa ou sequer de objeto: o que reconhece son apariciones sensíveis e animadas, e isso não prova ainda nada com respeito a su sustancialidad, nem com respeito à dissociação do eu e o universo exterior). Entre os três y los seis meses (geralmente por volta dos quatro meses e meio), o lactante começa a agarrar lo que vê, e esta capacidade de prensión, que mais tarde será de manipulação, multiplica seu poder de formar novos hábitos. Agora bem, como se constróem esses conjuntos motores (hábitos) novos, e esses conjuntos perceptivos (ao princípio as duas classes de sistemas estão unidos: pode fazer-se referência a ellos falando de ''esquemas sensorial-motores")? O ponto de partida é sempre um ciclo reflejo, mas um ciclo cujo exercício, em lugar de repetir-se sem mais, incorpora novos elementos y constitui com eles totalidades organizadas mais amplas, mercê a diferenciaciones progresivas. Já logo, basta que certos movimentos quaisquer do lactante alcancen fortuitamente um resultado interessante - interessante por ser assimilável a um esquema anterior - para que o sujeito reproduza imediatamente esses novos movimentos: esta "reacción circular", como a chamou, tem um papel essencial no desenvolvimento sensorial-motor y representa uma forma mais evoluída de assimilação. Mas cheguemos ao terceiro estádio, que é muito mais importante ainda para o ulterior desenvolvimento: o da inteligência prática ou sensorial-motriz propriamente dita. A inteligência, em efecto, aparece muito antes que a linguagem, quer dizer, muito antes que o pensamento interior que supone o emprego de signos verbais (da linguagem interiorizado). Mas se trata de una inteligencia exclusivamente prática, que se aplica à manipulação dos objetos e que no utiliza, no lugar das palavras e os conceitos, mais que percepções e movimientos organizados em "esquemas de ação". Agarrar um pau para atrair um objeto que está um poco alejado, por exemplo, é um ato de inteligência (inclusive bastante tardio: para os dieciocho meses); posto que um meio, que aqui é um verdadeiro instrumento, está coordenado com un objetivo proposto de antemão, e foi preciso compreender previamente a relação del bastón com o objetivo para descobrir o meio. Um ato de inteligência mais precoce consistirá en atrair o objeto atirando da manta ou do suporte sobre o que descansa (por volta do final del primer ano); e poderiam citar-se outros muitos exemplos. Tentemos mas bem averiguar como se constróem esses atos de inteligência. Podem invocarse dos classes de fatores. Primeiro, as condutas anteriores que se multiplicam e se diferencian cada vez mais, até adquirir uma flexibilidade suficiente para registrar os resultados de a experiência. Assim é como, em seus "reações circulares", o bebe não se contente já con reproducir simplesmente os movimentos e os gestos que produziram um efeito interessante: varia-os intencionalmente para estudar os resultados dessas variações, e se dedica assim a verdaderas explorações ou "experiências para ver". Todo mundo pôde observar, por ejemplo, o comportamento dos meninos de doze meses aproximadamente que consiste en tirar ao chão os objetos, em uma direção, agora em outra, para analisar as quedas e las trayectorias. Por outra parte, os "esquemas" de ação, construídos já ao nível do estadio precedente e multiplicadas graças a novas condutas experimentais, fazem-se susceptibles de coordenar-se entre si, por assimilação recíproca, à maneira do que terão que ser mais tarde as noções ou conceitos do pensamento propriamente dito. Em efeito, uma ação apta para ser repetida e generalizada a novas situações é comparável a uma espécie de concepto sensorio-motor: e assim é como, em presença de um objeto novo para ele, veremos o bebé incorporarlo sucessivamente a cada um de seus "esquemas" de ação (sacudi-lo, frotarlo, mecerlo, etc.) como se se tratasse de compreendê-lo pelo uso (é sabido que por volta dos cinco y los seis anos os meninos definem ainda os conceitos começando pelas palavras "é para": uma mesa "é para escrever em cima", etc.). Existe, pois, uma assimilação sensoriomotriz comparable ao que será mais tarde a assimilação do real através das noções e el pensamiento. É, portanto, natural que esses diversos esquemas de ação se assimilem entre sí, es dizer, coordenem-se de tal forma que uns atribuam um objetivo à ação total, enquanto que otros lhe servem de médios, e com esta coordenação, comparável às do estádio anterior, pero más móvel e flexível, inicia-se a etapa da inteligência prática propriamente dita. Agora bem, o resultado desse desenvolvimento intelectual é efetivamente, como anunciávamos más arriba, transformar a representação das coisas, até o ponto de fazer dar um giro completo o de investir a posição inicial do sujeito com respeito a elas. No ponto de partida de la evolución mental não existe certamente nenhuma diferenciação entre o eu e o mundo exterior, o seja, que as impressões vividas e percebidas não estão ligadas nem a uma consciência personal sentida como um "eu", nem a uns objetos concebidos como exteriores: dão-se simplesmente en un bloco indisociado, ou como desdobradas em um mesmo plano, que não é nem interno, ni externo, mas sim está a metade de caminho entre estes dois pólos, que só pouco a pouco irán oponiéndose entre si. Mas, a causa precisamente dessa indisociación primitiva, tudo o que es percibido está centrado na própria atividade: o eu se acha ao princípio no centro de la realidad, precisamente porque não tem consciência de si mesmo, e o mundo exterior se objetivará na medida em que o eu se construa em tanto que atividade subjetiva ou interior. Dito de outra forma, a consciência começa com um egocentrismo inconsciente e integral, mientras que os progressos da inteligência sensorial-motriz desembocam na construção de un universo objetivo, dentro do qual o próprio corpo aparece como um elemento entre outros, y a este universo se opõe a vida interior, localizada nesse corpo próprio. Quatro processos fundamentais caracterizam esta revolução intelectual que se realiza durante los dois primeiros anos da existência: trata-se das construções das categorias del objeto e do espaço, da casualidade e do tempo, todas elas, naturalmente, como categorías prácticas ou de ação pura, e não ainda como noções do pensamento. O esquema prático do objeto é a permanência substancial atribuída aos quadros sensoriales y, por conseguinte, de fato, a crença segundo a qual uma figura percebida corresponde a "algo" que seguirá existindo mesmo que a gente deixe de percebê-lo. Agora bem, é fácil demostrar que durante os primeiros meses, o lactante não percebe objetos propriamente ditos. Reconoce ciertos quadros sensoriais familiares, isso se, mas o fato de reconhecê-lo quando están presentes não equivale absolutamente a situá-los em algum lugar quando se acham fora do campo perceptivo. Reconhece em particular às pessoas e sabe muito bem que gritando conseguirá que volte a mãe quando esta desaparece: mas isso não prova tampouco que lhe atribua un cuerpo existente no espaço quando ele deixa de vê-la. De fato, na época em que el lactante começa a agarrar tudo o que vê, não apresenta, ao princípio, nenhuma conduta de búsqueda quando se cobrem os objetos desejados com um lenço, e isso apesar de ter seguido com a vista todos nossos movimentos. Mais tarde, procurará o objeto escondido, pero sin ter em conta seus sucessivos deslocamentos, como se cada objeto estivesse ligado a una situación de conjunto e não constituísse um móvel independente. Até o final do primeiro ano, el bebé não procura os objetos quando acabam de sair de seu campo de percepção, e este é el criterio que permite reconhecer um princípio de exteriorização do mundo material. Em resumen, la ausência inicial de objetos substanciais mais a condição de objetos fixos e permanentes é un primer exemplo desse passado do egocentrismo integral primitivo à elaboração final de un universo exterior. A evolução do espaço prático é inteiramente solidária da construção dos objetos. Al principio, há tantos espaços, não coordenados entre si, como campos sensoriais (espacios bucal, visual, tateante, etc.) e cada um deles está centrado nos movimentos e actividad propios. O espaço visual, por exemplo, não conhece princípio as mesmas profundidades que el menino terá que construir mais adiante. Ao final do segundo ano, em troca, existe já un espacio geral, que compreende a todos outros, e que caracteriza as relações de los objetos entre si e os contém em sua totalidade, incluído o próprio corpo. A elaboração del espacio se deve essencialmente à coordenação dos movimentos, e aqui se vê a estrecha relación que existe entre este desenvolvimento e o da inteligência sensorial-motriz propiamente dicha. Em seu egocentrismo, a casualidade se acha ao princípio relacionada com a própria atividade: consiste na relação - que durante muito tempo seguirá sendo fortuita para o sujeito - entre un resultado empírico e uma ação qualquer que o produziu. Assim é como, ao atirar de los cordones que pendem do teto de seu berço, o menino descobre o desmoronamento de todos los juguetes que ali estavam pendurados, e isso lhe fará relacionar causalmente a ação de atirar de los cordones e o efeito geral desse desmoronamento. Agora bem, imediatamente utilizará este esquema causal para atuar a distancia sobre algo: atirará do cordão para hacer continuar um balanço que observou a dois metros de distância, para fazer durar um silbido que ouviu o fundo da habitação, etc. Esta espécie de casualidade mágica) ou "mágicofenomenista" põe bastante de manifesto o egocentrismo causal primitivo. No curso del segundo ano, pelo contrário, o menino reconhece as relações de casualidade dos objetos entre sim: objetará e localiza, pois, as causas. A objetivação das séries temporárias é paralela a da casualidade. Em soma, en todos os terrenos encontram essa espécie de revolução copernicana que permite a la inteligencia sensorial-motriz arrancar o é espírito nascente de seu egocentrismo inconsciente radical para situá-lo em um "universo", por prático e pouco "meditado" que seja. Agora bem, a evolução da afetividade durante os dois primeiros ânus dá lugar a um cuadro que, em conjunto, corresponde-se bastante exatamente com o que permite estabelecer el estudio das funções motrizes e cognitivas. Existe, em efeito, um paralelismo constante entre a vida afetiva e a vida intelectual. Aqui encontramos um primeiro exemplo disso, pero habremos de encontrar outros muitos, como veremos, no curso de todo o desenvolvimento de la infancia e da adolescência. Esta constatação só surpreende se se divide, com o sentido común, a vida do espírito em dois compartimentos estanques: o dos sentimentos e o del pensamiento. Mas nada mais falso nem superficial. Em realidade, o elemento ao que sempre hay que remontar-se, na análise da vida mental, é a "conduta" propriamente dita, concebida, tal como tentamos expor brevemente em nossa introdução, como un restablecimiento ou um reforço do equilíbrio. Agora bem, toda conduta supõe unos instrumentos ou uma técnica: os movimentos e a inteligência. Mas toda conduta implica también uns móveis e uns valores finais (o valor dos objetivos): os sentimentos. La afectividad e a inteligência são, pois, indissolúveis e constituem os dois aspectos complementarios de toda conduta humana. Partindo disto, está claro que ao primeiro estádio das técnicas reflete corresponderão los impulsos instintivos elementares ligados à nutrição, assim como essa classe de reflexos afectivos que são as emoções primárias. Recentemente, em efeito, vai demonstrado o parentesco de las emocione com o sistema fisiológico das atitudes ou posturas: os primeiros medos, por ejemplo, podem estar relacionados com perdidas de equilíbrio ou contrastes bruscos entre un acontecimiento fortuito e a atitude anterior. Ao segundo estádio (percepções e hábitos), assim como aos inícios da inteligência sensoriomotriz, corresponden uma série de sentimentos elementares ou afeiçoados perceptivos relacionados con as modalidades da atividade própria: o agradável e o desagradável, o prazer e o dolor, etc., assim como também os primeiros sentimentos de êxito e de fracasso. Na medida em que esos estados afetivos dependem da ação própria e não ainda da consciência de las relaciones mantidas com as demais pessoas, esse nível da afetividade denota uma especie de egocentrismo geral, e cria a ilusão, se equivocadamente lhe atribui ao bebê una conciencia de seu eu, de uma espécie de amor a si mesmo e da atividade desse eu. De hecho, el lactante começa a interessar-se essencialmente por seu corpo, seus movimentos e |